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SubMARCOS: Ubiqüidade histórica

jeudi, septembre 10th, 2015

Ouvi, num documentário chamado Caminantes – de Fernando de Aranoa, 2001, o Subcomandante Insurgente Marcos dizer, traduzindo male má aproximadamente, algo assim:

 

“Um problema que temos nós, zapatistas, é que quase nunca hablamos para o momento em que estamos hablando. É um problema de ubiqüidade histórica. Sempre estamos falando para um mundo que sabemos que <vai chegar<está por vir, e não para o mundo com quem estamos falando no momento. É um discurso que fala para <adiante<pra frente, ainda que paradoxalmente usemos bastante recursos do passado. É como se te dessem uma chave, que vai abrir uma porta que ainda não se construiu. E vai chegar um momento em que esta porta estará aí, e será a entrada para um quarto (ou a saída, não o sabemos). Mas tens a chave e ainda não sabe para que serve. Isto é a palavra zapatista.”

(Tradução-interpretativa em portunhol, de notas tomadas do vídeo ‘Caminantes’)

§

Eis o documentário, pra poder ouvir a citação acima em castelhano e sem ‘ruídos’ de tradução-interpretativa, vá lá na casa dos 37’45 »:

https://www.youtube.com/watch?v=5eE0MH89wgA

https://www.youtube.com/watch?v=j-BcpRIOJXM

Pequeno comentário

Diria que esse modo de caminhar zapatista pode nos indicar/ sugerir/ propostear métodos, táticas e estratégias de criação de tempos e espaços para (nos) adiantarmos (a)o futuro…

Talvez seja uma epígrafe a essas reflexões ainda esburacadas e inacabadas por princípio, em perpétuo rascunho e reelaborações porque a ‘passagem a limpo’ se faz na terra, na lama, no barro, em coletividades, em territorialidades, entre árvores, bichos e outrxs povos. Ou seja, nos resta fazer a palavra caminhar… ou talvez: saber deixar que a palavra nos caminhe, nos trabalhe o espírito e nossos corpos e mentes até que nos façamos caminhadas em flores da palavra…

Por ora, enquanto os homens exercem seus podres poderes, pode ser uma ocasião de revisitar o post com uns rabiscos escaneados clicando no título abaixo:

antigonia e antismenices

ou de volta para o futuro nas asas do desejo de uma missão impossível

ou reparando os R’a$tros de quem (se) adiantou (a)o futuro

ou descomplexando Ismênia

por coletiva SAGWE: Madah, Lilih, Florah, Sophie e Andereh