Archive for the ‘escola’ Category

ROJAS: La Educación Zapatista

jeudi, janvier 28th, 2016

Carlos Antonio Aguirre Rojas, científico social mexicano, nos cuenta sobre la educaZión Zapatista en la charla que dio en la Universidad de Humanismo Cristiano (Facultad de Pedagogía), en Santiago de Chile. Julio de 2015.

Para el programa de alter TV del MPL « Pensamiento Social », realizado por el Comando de Comunicación Contrapsicológica de la Escuela Psicosocial Martín-Baró. Movimiento de Pobladoras y Pobladores en Lucha. Cámara y Edición: Ignacio Muñoz Cristi.

https://www.youtube.com/watch?v=Sorn6Q9xS_4

TRAGTENBERG: escola

jeudi, décembre 3rd, 2015

Pérolas facebookadas:

Maurício Tragtenberg

:: Pedagogia Burocrática :: « No fundo, o problema educacional é político e econômico, e se reflete na educação. Ele é aparentemente só educacional. É isso um dado básico. Nos termos da pedagogia burocrática, nós conferimos o aluno. O que é o aluno? Uma nota. E até na universidade você ganha nota por um trabalho. Ora, a nota que o aluno recebe pelo trabalho é igual ao salário que o operário recebe pelo trabalho. É idêntico. É a mesma relação de submissão-dominação que o sistema cria. O capital oferece ao trabalhador um salário pelo seu trabalho. O sistema nos coloca em condições de oferecer notas ao trabalho do aluno. É o salário dele, mas é a mesma relação. Por que há essa pedagogia burocrática? Não é propriamente tanto para transmitir conteúdo porque a escola é mais um elemento de disciplinamento, uma prisão, um hospital psiquiátrico tradicional. Hospital psiquiátrico não cura ninguém. Simplesmente o paciente é sedado para não ‘encher’ o psiquiatra. Por isso é que são depósitos de pessoas. (…) Da mesma maneira que o hospital psiquiátrico é disciplinador, a escola é disciplinadora porque ela forma regras de submissão e dominação. A pedagogia burocrática é fundada para isso, porque ela cria aquele elemento submisso que vai ser um submisso na empresa privada. (…) A escola não educa para a autonomia, educa para a submissão. Para ela educar, ela pode educar para a autonomia. (…) Há uma educação para submissão e uma educação para a autonomia e para autogestão. Mas isso depende de um processo social fora da escola. » [Maurício Tragtenberg, « O papel social do professor », 15 de novembro de 1980, in « Educação e Burocracia », p. 110-111)

 Maurício Tragtenberg

:: « Hierarquia administrativa e pedagógica » :: « O professor é submetido a uma hierarquia administrativa e pedagógica que o controla. Ele mesmo, quando demonstra qualidades excepcionais, é absorvido pela burocracia educacional para realizar a política do Estado, portanto, da classe dominante, em matéria de educação. Fortalecem-se os célebres ‘órgãos’ das Secretarias de Educação em detrimento do maior enfraquecimento da unidade escolar básica. Na unidade escolar básica é o professor que julga o aluno mediante a nota, participa dos Conselhos de Classe, onde o destino do aluno é julgado, define o Programa de Curso nos limites prescritos e prepara o sistema de provas ou exames. Para cumprir essa função ele é inspecionado, é pago por esse papel de instrumento de instrumento de reprodução e exclusão. » (Maurício Tragtenberg, « Relações de poder na escola », 1985)

« A escola se constitui num centro de discriminação, reforçando tendências que existam no ‘mundo de fora’. O modelo pedagógico instituído permite efetuar vigilância constante. As punições escolares não objetivam acabar com ou ‘recuperar’ os infratores, mas ‘marcá-los’ com um estigma, diferenciando-os dos ‘normais’, confiando-os a grupos restritos que personificam a desordem, a loucura ou o crime […] É a estrutura da escola que legitima o poder de punir, que passa a ser visto como natural. Faz com que as pessoas aceitem tal situação. É dentro dessa estrutura que se relacionam os professores, os funcionários técnicos e administrativos e o diretor ». [Maurício Tragtenberg, « Relações de Poder na Escola », artigo escrito há 30 anos]

:: via Marx da Revolução :: « A autogestão pedagógica teria o mérito de devolver à universidade um sentido de existência, qual seja: a definição de um aprendizado fundado numa motivação participativa e não no decorar determinados « clichês », repetidos semestralmente nas provas que nada provam, nos exames que nada examinam, mesmo porque o aluno sai da universidade com a sensação de estar mais velho, com um dado a mais: o diploma acreditativo que em si perde valor na medida em que perde sua raridade ».(TRAGTENBERG, Maurício (1990) Sobre Educação, Política e Sindicalismo, 2ª edição. São Paulo, Cortez Editora/Autores Associados (Coleção Teoria e Prática Sociais))

Photo de Marx da Revolução.

:: Sobre o vestibular :: « O vestibular escolhe os escolhidos. (…) Eu acho qualquer seleção, em tese, execrável, especialmente educacional, porque ela mascara uma seleção social pré-existente »

« …Na rede escolar, o culto da arte, ciência pura, profundidade filosófica, sutilezas psicológicas, são formas de inculcação vinculadas a orientar a ação do educando conforme as normas de direito, políticas hegemônicas, sendo representadas enquanto deveres.

A inculcação não se dá pelo discurso mas através de práticas de exercícios escolares onde a nota equivale ao salário, recompensa pelo trabalho realizado. Da mesma maneira que o mercado do trabalho é regulado pela competição, no interior da escola ela é cultuada nos sistemas de promoção seletivos. O aluno é obrigado a estar na escola e é livre para decidir se quer ou não, ter êxito ou não, como o indivíduo é livre ante o mercado de trabalho.

As práticas do ritualismo escolar, deveres, disciplinas, punições e recompensas, constituem o universo pedagógico. A escola realiza com êxito o processo de recalcamento de pontos de vista opostos aos hegemônicos e esse sujeição condiciona a inculcação. O trabalho é vagamente valorizado, enquanto artesanato, o processo histórico é reduzido a um conjunto de guerras, datas e nomes cuja finalidade principal é reduzir à insignificância o significativo: dimensões sociais do histórico ou sua temporalidade. Veja-se a dificuldade em convencer os historiadores de que o presente também é história.

O aparelho escolar contribui para a reprodução da qualidade da força de trabalho, na medida em que transmite saber e regras de conduta (ler, escrever e contar), que têm um destino produtivo. »