Archive for the ‘Ernesto HENRIQUES DA SILVA’ Category

EHS: técnicas para a evolução

dimanche, février 19th, 2017

Em memória ao pai-poeta-professor Ernesto, por seu aniversário.

página 1/2 do poema ‘técnicas para a evolução’, de EHS.

 

página 2/2 do poema ‘técnicas para a evolução’, de EHS.

Olha, já tinha publicado aqui e até transcrito:

técnicas para a evolução

Amanhecia, lucidamente, em mim,
mas recusavam.me, terminantemente, o Sol.

Então quis anoitecer,
quando uma simples miragem solar
voltava para simular claridade.

E, assim, não pude sentir-me
nem claridade
nem sombra.

Quis amar flores, astros
e, principalmente, pessoas!
Mas ofereceram-me diferenças, sangue
e, especialmente, máquinas…

E tudo isso me fez paradoxal.

Pois, hoje, as máquinas produzem,
de forma científica e fria,
flores, astros, pessoas, diferenças,
e sangue e novas máquinas!

Hoje as máquinas falam,
discursam e até gritam.

E os homens?

Os homens guincham
e trituram, sem parar,
seu coração-engrenagem…

E agora as máquinas já alardeiam
seu mais recente e espantoso progresso:
elas já desenvolveram condições e técnicas
para a produção de poesia!

No meu lúcido-doido raciocínio,
Sinto que os homens emudeceram sua seiva,
como plantas interditadas à vista solar,
como peças ainda úteis numa oficina fechada.

Só de quando em quando, os homens
(que assumiram aspecto e brilho metálicos)
gemem, soluçam (mas mecanicamente!),
buscando uma ilusória produção em série
de qualquer sonho enferrujado.

E vamos todos,
em disciplinadas filas,
autômatos de olhos cinzentos,
incapazes de refletirmos um raio de sol,
cantando nosso novo hino de louvor…

Brum, step!
Brum, step!
Pá, plim, tuf!

poema inédito, de meados dos anos 80,
escrito por
Ernesto Henriques da Silva (1948-1989)

in À Solar Idade – 1983-88

http://lodoludicoliberdade.blogspot.de/2012/10/tecnicas-para-evolucao.html

EHS: Anacronismo

samedi, février 20th, 2016

Poema publicado no livro Entre Mentes…

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EHS: Cantiga Adulta Inspirada por uma Criança

jeudi, février 18th, 2016

Poema inédito publicado no blog À Solar Idade…

 Fac-símile com poema escrito, sob o pseudônimo "O Vate Travesso", por Ernesto Henriques da Silva, em meados dos anos 80.

Fac-símile com poema escrito, sob o pseudônimo « O Vate Travesso »,
por Ernesto Henriques da Silva, em meados dos anos 80.

EHS: Cansaço

jeudi, février 18th, 2016

publicado no blog Entre Mentes…

Cansaço

Fac-símile da matriz datilografada em dois tempos, ‘rabiscada’ e assinada pelo autor; Outra versão foi publicada na edição da coletânea Entre Mentes…, de 1975. Publicado no livro do 3º Concurso de Prosa e Poesia de Valinhos, em 1986.

EHS: Singular Idade

jeudi, juin 18th, 2015
singular_idade

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Fac-símile da folha datilografada,
com poema inédito, de meados dos anos 80,
escrito por Ernesto Henriques da Silva (1948-1989),
da última leva de suas criações, engavetadas,
compõe a lista para a coletânea À Solar Idade.

http://www.lodoludicoliberdade.blogspot.cz/2012/03/singular-idade.html

http://solaridade.blogspot.com.br/2012/04/singular-idade.html

EHS: Mecânico Espanto

jeudi, juin 18th, 2015
Mecânico Espanto

clique na imagem para ampliar

 

 

Fac-símile de poema da maturidade, de Ernesto Henriques da Silva,
inédito, encontrado na gaveta para compor o livro À Solar Idade,
projeto de uma coletânea de uma série de poemas listados pelo autor.
« Cosmógrafo » aparece como pseudônimo em meados dos anos 80

http://www.lodoludicoliberdade.blogspot.cz/2012/03/mecanico-espanto.html

http://solaridade.blogspot.com.br/2012/04/mecanico-espanto.html

EHS: Técnicas para a evolução

jeudi, juin 11th, 2015

TÉCNICAS PARA A EVOLUÇÃO

Amanhecia, lucidamente, em mim,
mas recusavam.me, terminantemente, o Sol.

Então quis anoitecer,
quando uma simples miragem solar
voltava para simular claridade.

E, assim, não pude sentir-me
nem claridade
nem sombra.

Quis amar flores, astros
e, principalmente, pessoas!
Mas ofereceram-me diferenças, sangue
e, especialmente, máquinas…

E tudo isso me fez paradoxal.

Pois, hoje, as máquinas produzem,
de forma científica e fria,
flores, astros, pessoas, diferenças,
e sangue e novas máquinas!

Hoje as máquinas falam,
discursam e até gritam.

E os homens?

Os homens guincham
e trituram, sem parar,
seu coração-engrenagem…

E agora as máquinas já alardeiam
seu mais recente e espantoso progresso:
elas já desenvolveram condições e técnicas
para a produção de poesia!

No meu lúcido-doido raciocínio,
Sinto que os homens emudeceram sua seiva,
como plantas interditadas à vista solar,
como peças ainda úteis numa oficina fechada.

Só de quando em quando, os homens
(que assumiram aspecto e brilho metálicos)
gemem, soluçam (mas mecanicamente!),
buscando uma ilusória produção em série
de qualquer sonho enferrujado.

E vamos todos,
em disciplinadas filas,
autômatos de olhos cinzentos,
incapazes de refletirmos um raio de sol,
cantando nosso novo hino de louvor…

Brum, step!
Brum, step!
Pá, plim, tuf!

poema inédito, de meados dos anos 80,
escrito por Ernesto Henriques da Silva (1948-1989)

in À Solar Idade – 1983-88

http://lodoludicoliberdade.blogspot.de/2012/10/tecnicas-para-evolucao.html